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Mais de cem mil professores podem se inscrever em nova graduação ou especialização através de programa governamental

Pouco mais de 374 mil professores que atuam nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio não possuem formação adequada para lecionarem. Os números são baseados em informações do Censo Escolar 2015, que foi divulgado pelo MEC no mês de março, e causaram preocupação no ministério. Como resposta, o ministro Aloizio Mercadante anunciou há poucas semanas a criação da Rede Universidade do Professor, que promete complementar a formação de tais professores.

Segundo Mercadante, a Universidade do Professor integrará o PARFOR (Plano Nacional de Formação de Professores) e o sistema UAB (Universidade Aberta do Brasil). Inicialmente 105 mil vagas em universidades públicas serão ofertadas a professores que já estão dando aulas na rede pública de ensino, mas não possuem a formação na disciplina que ministram. Desse total de vagas ofertadas, 81 mil serão oferecidas por intermédio da educação a distância, pelo sistema UAB.

Assim professores que não possuem especialização na área que ministram aulas, ou ainda profissionais sem o curso de licenciatura e até mesmo com formação diversa da área onde atuam devem se inscrever na Universidade do Professor até o dia 05 de maio. As inscrições estão sendo realizadas dentro da Plataforma Freire, através do link http://freire.capes.gov.br/. No momento da inscrição o professor poderá escolher entre a modalidade a distância ou presencial. Depois de inscritos, as secretarias estaduais e municipais de educação terão de 6 de maio a 6 de junho para validar as inscrições dos docentes. O resultado será divulgado até 30 de junho e os cursos a distância terão início já no segundo semestre deste ano, com prioridade para a formação de primeira licenciatura.

Para Mercadante, a Universidade do Professor vai atuar em dois pontos fundamentais referentes a educação básica no país: a qualidade e formação de professores e a motivação dos profissionais da educação.“Não há como melhorar a qualidade da educação no Brasil se nós não resolvermos esta questão da formação. O que mais vai motivar é se a carreira docente valorizar esta formação específica”, disse o ministro. “Este é o ponto mais estratégico para melhorar a qualidade da educação” finalizou.

Quem também vê com bons olhos o novo programa educacional do governo são os coordenadores UAB, já que o ingresso de novos alunos no sistema pode auxiliar na manutenção do sistema, bem como até na evolução do mesmo. Diante deste cenário, o Fórum dos Coordenadores UAB já planeja a divulgação nos próximos dias de uma campanha para incentivar os professores a realizar a inscrição no programa.

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