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Pesquisas sobre educação terão cerca de R$ 7,3 milhões em investimentos do Governo do Estado

Com o objetivo de desenvolver estudos sobre a inovação nos Sistemas de Educação Básica Pública Brasileira pós-pandemia, de forma a contribuir com as políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento da educação no Paraná e no País, foi lançado nesta sexta-feira (30) o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Educação do Futuro.

A iniciativa terá um investimento do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), de R$ 7.290.477,60 para o período de quatro anos.

Ao apresentar o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Educação do Futuro, a articuladora do Napi e coordenadora da Universidade Virtual do Paraná professora Maria Aparecida Crissi Knuppel explicou que ele está relacionado com as principais áreas prioritárias para o os investimentos em ciência e tecnologia no Estado do Paraná, que foram baseadas nas condicionantes chaves transversais Transformação Digital e Desenvolvimento Sustentável.

“Estas proposições estão alinhadas com duas das condicionantes chaves verticais que são Cidades Inteligentes/Cidade da Próxima Geração e Sociedade, Educação e Economia. Também estão em consonância com o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável ODS Educação de Qualidade. Como nosso foco é a educação, ele está também nas secretarias de educação do nosso Estado e as municipais que são fundamentais para que possamos implementar as nossas ações”, afirmou a articuladora.

O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, ressaltou a relevância dos Napis para o sistema de CT&I do Paraná. “Os Napis têm uma natureza de pesquisa aplicada ligada muito à inovação. O que nós queremos é um maior retorno sobre o investimento feito em ciência e tecnologia pelo Estado. Sabermos que o recurso vai chegar onde ele vai ser mais transformador e de forma mais adequada à sociedade”, comentou.

Além da importância do Napi Educação do Futuro o presidente da Fundação Araucária Ramiro Wahrhaftig também destacou os investimentos que serão feitos. “Nós temos que construir juntos uma educação do Futuro, com os pesquisadores e todo o sistema educacional. E este novo arranjo é um dos mais importantes que temos e um dos com maior investimento”, ressaltou.

Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, a estratégia de fomento dos Napis otimiza o uso do recurso público em benefício da sociedade. “Nós temos uma rede interinstitucional e um conjunto enorme de pesquisadores que vão trabalhar de maneira colaborativa em diferentes regiões do estado cooperando entre si para uma mesma finalidade. Isso otimiza a aplicação dos recursos, para que seja melhor aproveitado e aqui vemos a importante iniciativa de trazer inovação para a educação”, enfatizou.

O conceito do novo arranjo foi elogiado pelo reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa Miguel Sanches Neto. “Para a UEPG esta é uma possibilidade de integrar conhecimento que visa esta ideia de uma transformação na educação”, disse.

Eixos de trabalho – Entre os principais eixos de trabalho está a criação de um Observatório da Educação Básica Pública. Segundo o professor e pesquisador da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Nestor Saavedra, será desenvolvido um portal da informação educacional.

“Nele estarão disponíveis dados relativos à educação básica no Paraná, adequado ao contexto do estado. Será constituído o repositório institucional sobre as produções e disponibilização dos diagnósticos, dos resultados da pesquisa científica e ações de extensão e formação realizada no âmbito do Napi”, enfatizou.

Outro eixo importante do Napi trata das Competências Digitais dos professores da Educação Básica e Ensino Superior Públicos, apresentado pelo professor e pesquisador da parceira no novo arranjo Universidade Aberta de Portugal, José António Moreira.

“Vamos fazer avaliação da proficiência digital dos professores trabalhando com 45 mil professores da Educação Básica pública e 5 mil do ensino superior público. Com a avaliação dos efeitos das ações de formação sobre o desenvolvimento das competências digitais, além da implementação de ações de capacitação para os professores”, disse.

O terceiro eixo de trabalho Educação Básica Pública e Desenvolvimento Regional Endógeno Sustentável, foi apresentado pela pesquisadora da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paola Scortegagna. “Precisamos fazer um mapeamento das políticas públicas não apenas as que nos afetam no Paraná, estaduais ou nacionais. Inclusive faremos uma articulação em relação a cidades inteligentes que vai nos ajudar a entender a relação da educação básica pública e o desenvolvimento regional. E vamos fazer esta análise das políticas públicas com os indicadores coletados nos eixos anteriores, vamos também para as escolas para identificar quais ações estão impactando no desenvolvimento regional”, observou.

*A imagem e o texto são de autoria da Fundação Araucária