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Opinião: as consequências da limitação de dados para a EaD

Acompanhamos surgir nas últimas semanas o debate em torno da limitação de dados nos planos de internet no Brasil. O tema que assustou muita gente também preocupa todos aqueles que estão envolvidos com educação a distância.

O que vemos aqui é a mudança de um paradigma e que representa um grande retrocesso no modo como os usuários se conectam à rede. Desde a expansão da internet de alta velocidade no país, ainda no início dos anos 2000, muita coisa mudou. Os usuários mais antigos, que chegaram a utilizar internet discada na década de 90, lembram que a rede de computadores desempenhava um papel secundário no trabalho, nos estudos ou mesmo no entretenimento das pessoas.

Hoje em dia não é assim. Temos cada vez mais pessoas matriculadas em cursos a distância concluindo estudos de nível superior, empresas aplicando orçamentos gigantescos de marketing em redes sociais e produtores de conteúdo que tem audiência maior do que programas de televisão.

A internet conectou todas as mídias e as tornou inseparáveis.

Isso desmonta um dos principais argumentos das operadoras de telefonia que alegam que a medida irá melhorar o serviço para os usuários que se mantenham abaixo do limite de franquia. O modo como a internet se estrutura na atualidade não permite mais isso, a imensa maioria de usuários consome materiais em áudio e vídeo regularmente, participa de chamadas por Skype ou Google Hangout e tantos outros meios que consomem grande volume de dados. Além disso temos no Brasil uma das piores conexões de internet do mundo, é o que afirma a reportagem publicada nesta segunda-feira, na Gazeta do Povo (http://goo.gl/AzwIZa). Atualmente as empresas são obrigadas a entregar apenas 40% da velocidade contratada para cada plano.

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* Assistir uma videoaula de 10 minutos, na qualidade máxima (1080p) consome em média 230 a 450 MB.

** Considerando um limite de 10 GB de franquia, você chegaria ao máximo de consumo em cerca de 3h a 4h30 de videoaulas assistidas, durante um mês.