O professor Alberto Arriaga Parada, doutor em Educação e especialista em Tecnologia Educativa, da Universidade Veracruzana, se reuniu na última terça-feira (22) com professores da UAB. Arriaga conheceu o trabalho em educação a distância realizado pela Unicentro e trocou informações sobre os modelos educacionais em EaD no Brasil e no México. Ainda entre as atividades, ele concedeu entrevista para a professora Laurete Ruaro.
Durante a entrevista, Arriaga contou sobre a sua experiência pessoal com a EaD na Universidade Veracruzana, já há 10 anos oferecendo cursos nesta modalidade. Também descreveu como a universidade desenvolveu uma plataforma própria, a Eminus, semelhante ao Moodle utilizado pela Unicentro, para ajudar os professores a ocuparem o espaço e sentirem-se cada vez mais familiarizados com o ambiente virtual. “Nos demos conta de que há uma brecha digital muito marcada entre os alunos e os docentes. Me refiro a essa distância do uso da tecnologia pelo aluno e pelo docente; estamos tentando reduzir isso ao máximo na Universidad Veracruzana”, disse.
Em relação aos alunos, Arriaga falou sobre a educação básica mexicana. Para ele, o cenário tem mudado nos últimos anos, fazendo com que as pessoas sejam melhores capacitadas para o uso de tecnologias na educação. “Foi implementado uma matéria na educação básica que se chama ‘habilidades digitais para todos’. Isso começou a 2 anos atrás, antes disso não havia aula de informática básica nas escolas”, explicou.
O professor acredita que a introdução do ensino digital nas escolas básicas deve influenciar o futuro da EaD também no nível superior. “Quando estes recursos estiverem sendo melhor utilizados teremos alunos devidamente capacitados para a EaD e para a autoaprendizagem, o que ainda não temos. O aluno ainda está acostumado com o “copia e cola”, ponderou.
A entrevista completa vai ao ar nos próximos dias, no canal do Nead no youtube https://www.youtube.com/user/NeadUnicentroUAB
Arriaga: “Os alunos estão em um processo de adaptação em relação a EaD. Apesar de termos os chamados ‘alunos nativos digitais’ nos damos conta de que muitos não estão adaptados à tecnologia associada aos estudos. Estamos tratando de mudar este tipo de interesse para que de alguma maneira o aluno busque a tecnologia com fins educativos”.
