Um dos objetivos da Educação a Distância e da Universidade Aberta do Brasil (UAB) é tornar o ensino acessível a todos. Na Unicentro, esse papel é cumprido pelo Núcleo de Educação a Distância (Nead), onde todas as disciplinas oferecidas na modalidade, pela universidade, são acompanhadas de recursos de tecnologia assistiva.
A coordenadora pedagógica do Nead/Unicentro, Manuela Eckstein, explica que a preocupação com o ensino vai além da qualidade. “A nossa preocupação, além de criar boas disciplinas, bons cursos, é que todo material produzido pelos professores ele pudesse ser acessível. Acessível a quem? A todos os alunos. Então, a acessibilidade não está direcionada só para aqueles alunos que tem algum tipo especial de ensino ou de aprendizagem, mas pra todos os alunos”.
As tecnologias assistivas estão sendo aplicadas em todos os materiais produzidos na universidade para a educação a distância. A primeira iniciativa foi a implantação de áudios de acessibilidade, referentes aos textos contidos no ambiente virtual de aprendizagem. Depois dele, outras ferramentas de acessibilidade foram colocadas em prática. “Outro mecanismo que nós inserimos agora é a questão da legenda nas videoaulas. Então o que acontece? Hoje, nós temos a vídeo aula normal do professor e foram inseridas legendas. Então, tudo o que professor fala está escrito em legenda, é talvez um dos nossos grandes desafios até o momento”, ressaltou a coordenadora. Além das legendas nos vídeos novos, os vídeos antigos, com o passar do tempo passam a receber as legendas também.
Outra tecnologia que está sendo implantada pela UAB é a inserção da tradução do português para libras, durante as videoaulas. A ideia é enquanto o professor aparece de um lado apresentando a disciplina, as traduções acontecem simultaneamente no quadro ao lado, dando mais amplitude a libras. “Eu recebo o vídeo, assisto – ate porque vem muitos termos técnicos que a gente precisa pesquisar que a libras também é uma língua em construção. Então, a gente precisa desses termos para depois usarmos. Aí, a gente marca a um horário com a equipe, vem e grava”, explicou a professora de Libras, Elenir Guerra.
A tradução para libras garante o acesso ao ensino superior para os alunos surdos. Sem a tradução, eles não poderiam participar da construção do conhecimento. “Nós, ouvintes, recebemos a mensagem na língua portuguesa e se nós deixarmos dessa forma o aluno surdo não recebe a informação, nem formação e muito menos o conhecimento. É fundamental que essas aulas, não só as vídeos aulas mas que todas as aulas tenham a interpretação e tradução para a língua de sinais, em vista que é a língua natural dos surdos”, ressaltou a professora.